Cães Guia

Os primeiros cães utilizados como cães para deficientes, surgiram nos Estados Unidos por volta de 1974, na Canine Companion Independence.

Estes cães tão especiais, estão sempre dispostos a ajudar o seu dono, seja a abrir uma porta, a atender o telefone, a acender a luz, etc.

O trabalho feito por estes cães acaba por permitir que o dono (com uma deficiência física) possa tornar-se independente.

Além de se tornarem também um consolo moral para este.

São especialmente conhecidos por serem  afectuosos e sacrificarem-se pelos seus donos, serem obedientes, atentos, inteligentes, compreensivos, é importante que sejam bem treinados (caso tenham alguma dificuldade em algum tipo de tarefa é importante que regressem à sua escola de treino), os seus sentidos têm de ser muito desenvolvidos, é necessário que sejam tranquilos, hábeis, com uma excelente fidelidade e ainda pacientes.

São os olhos dono.

Quando se trata de um cão bem treinado, um invisual poderá deslocar-se sozinho.

Não necessitará de pedir ajuda para atravessar a rua, o seu cão ajudará nessa tarefa.

Os riscos de poder tropeçar ou cair perante um obstáculo ou uma escadaria, diminuem bastante.

O seu cão, em quem deposita toda a sua confiança, irá indicar-lhe todos os perigos e parar para deixar passar os automóveis.

Estes cães são capazes de memorizar cerca de vinte percursos diferentes e deste modo associá-los a ordens.

Por exemplo, se o dono quiser ir às compras, basta que lhe diga "vamos ao super" e o cão guiá-lo-à até ao destino pretendido.

São os ouvidos do dono.

Nos Estados Unidos já existe um centro de treino de cães especificamente para pessoas surdas.

Os cães que lá são treinados não têm obrigatoriamente de ser cães de raça, poderá ser até um rafeiro.

O importante nestes casos e a exigência pretendida é que o cão tenha uma audição bastante apurada.

Neste Centro os cães aprendem a reagir a diversos ruídos ao invés do seu dono.

Por exemplo, quando o telefone toca, o cão ouve e levanta o auscultador e entrega-o ao seu dono.

Ou quando o despertador toca o animal dirige-se ao seu dono para o acordar suavemente.

Caso a campainha toca, este cão tão especial transforma-se numa autêntica governanta.

Na rua, se ouvir a sirene da ambulância apressa o passo.

Se estiver na presença de um bebé e se este chorar ou emitir algum ruído estranho, o cão chama a atenção através de diversas acções.

Um excelente consolo moral.

Um cão guia não tem somente uma função utilitária, é também uma excelente fonte de consolo moral, para qualquer tipo de pessoa.

É complicado viver uma vida limitada, ter um cão guia para ajudar no dia-a-dia, não só facilita imenso a Vida de pessoas com dificuldades do tipo motoras, visuais, auditivas...Como também lhes devolve uma vontade de Viver e um sorriso no rosto.

Quem tem animais presentes na sua Vida com certeza sabe isso, neste caso os cães, dão luz à Vida de qualquer pessoa e a Verdade é que eles estão sempre lá para si!

Qualidades necessárias num excelente cão guia.

A seleção destes profissionais caninos é feita pela sua doçura, paciência, obediência e ainda pelo seu espírito de sacrifício.

Os cães mais utilizados neste campo de trabalho são os Golden Retriever e os Labrador.

Ainda que não queira dizer que não existam outros excelentes cães guias de outras raças, é claro que existem, mas as duas raças acima mencionadas são consideradas os "Campeões".

Com cerca de dois meses os cachorros são seleccionados e submetidos ao teste de Campbell, este teste consiste numa prova que permite aos Educadores Caninos avaliarem as aptidões dos cachorros selecionados.

Ao mínimo erro, o cachorro é eliminado da prova.

Não há maneira de voltar a tentar, há é a possibilidade de cães guias já em trabalho, caso tenham cometido um erro perante o seu dono, ou seja não estava a assimilar as ordens como devia, poderá voltar à escola juntamente com o seu dono.

Curiosidade: Cão guia cão.

Existe até cães guias que guiam outros cães, cães que tenham tido um acidente e perderam a visão, ou devido a uma doença, submetidos a cirugias.

Muito Obrigada,

Maria Marcos